Sustentabilidade, eco design, certificação
LEED, meio ambiente... Economia.
Muito bem, pessoal. Muito tem se
falado em retrofit, que nada mais é que substituir um sistema instalado por uma
tecnologia mais atual e eficaz. Então, hoje iremos abrangem um pouco sobre esse
tema em sistemas de iluminação.
Primeiro que o retrofit deve ser
feito para melhorar o sistema, e cada ambiente requer um estudo de caso
diferente. O que envolve a utilização do espaço, tempo de permanência e características
do usuário, como idade, personalidade, etc.
Para se iniciar um estudo de
retrofit, é necessário fazer um levantamento da quantidade e qualidade do
sistema instalado, luminárias, lâmpadas, equipamentos auxiliares, assim como, a
carga instalada (deve ser cuidadosamente analisada para que não haja uma
especificação inadequada, que possa comprometer a instalação e
principalmente a segurança do usuário), o custo de manutenção e custo final da
conta de energia do sistema atual.
É necessário fazer um
levantamento dos ambientes separadamente, considerando o tempo de uso e as
atividades específicas de cada um. Lembrando que deve se fazer o levantamento
do nível de iluminância artificial do sistema instalado, assim descobrir a
eficiência do mesmo.
É importante salientar, que o
tipo e tonalidade de cor dos materiais de revestimento, pintura e mobiliário,
interferem diretamente na quantificação do sistema, e deve ser levados em
consideração na elaboração do retrofit. Cores claras tem alto nível de reflexão, quando aplicada nas superfícies, contribui para um melhor rendimento
do sistema de iluminação, podendo reduzir o número de luminárias necessárias,
assim, reduzindo a potência instalada.
Em muitos casos, a substituição
da instalação pode gerar uma economia de até 70% na conta, e muitas vezes,
passa a atender melhor as necessidades do usuário.
Após esse levantamento, têm-se os
dados necessários para verificar a necessidade de aumento ou redução da
quantidade de luminárias e/ou potência instalada, adequando o nível de
iluminância exigido pela ABNT NBR-5413 de acordo com ambiente e sua utilização.
Levar em conta a previsão de sistemas de
controle mais eficientes, com maior controle através de
interruptores, sensores de presença, ocupação e luminosidade natural.
Dimerização e sistemas de automação, que possibilitam criar diferentes cenas em
um mesmo ambiente, variando a utilização do espaço e gerando economia.
É interessante elaborar um plano
de manutenção, que inclui a periodicidade de limpeza dos equipamentos e
substituição programada de lâmpadas e reatores, conforme vida útil do sistema.
Esse passo é determinante para garantir que o nível de iluminância recomendado
para o ambiente continue sendo atingido.
Em meados de 2001 (apagão) foi o “boom”
da troca de lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas eletrônicas,
hoje, a troca de florescente eletrônica pelo LED.
O LED é mais econômico, em
relação potência (W)? Sim. Porém, esse LED tem o “pacote de luz” equivalente à
lâmpada a ser substituída? (cri cri cri ...)
Se tu pedires auxílio para um lojista/vendedor, é possível que ele lhe mostre alguns modelos, conte maravilhas sobre os equipamentos, e o pobre do consumidor vai pra casa, faceiro
(afinal, vai reduzir a conta de energia), faz a troca, deixa a cozinha escura,
com baixo índice de reprodução de cor, afetando diretamente nas respostas
emocionais e segurança de trabalho.
E ai? Compensa gato por lebre?
Pessoal, cuidado! Um retrofit de lâmpadas
convencionais por LED, pode algumas vezes, tornar-se um problema se o produto não
for adequado. O mercado está repleto de produtos, e não temos recomendações ou normas em vigor para o uso de equipamentos de qualidade.
Vamos por em prática?
Pois bem, seguiremos com um estudo de caso, um exemplo simples e "rotineiro".
Pois bem, seguiremos com um estudo de caso, um exemplo simples e "rotineiro".
Temos em uma residência, uma pequena
despensa com área de 6,25m² (2,50x2,50m) e pé-direito de 2,80m, equipada com
prateleiras em todo seu perímetro (a estante mais baixa está a 15cm do piso). Os revestimentos de piso, paredes, teto e mobiliários são de tonalidade clara. Encontra-se instalado em ponto central no teto, um pendente em vidro leitoso, com lâmpada incandescente de 100W (soquete E27) proporcionando iluminação uniforme e difusa.
Vamos observar quatro
opções de fontes luminosas para possível troca: A atual Incandescente, Halógena, Fluorescente Eletrônica e
o tão queridinho LED, todas de uma mesma e excelente marca.
Simulação em DIALux com Fluorescente Eletrônica. |
Lembrando que este exemplo
consiste em mostrar apenas o consumo do sistema, não estamos levando em
consideração IRC, temperatura de cor, sombras indesejadas, ofuscamento e outros
quesitos de suma importância na concepção de um bom projeto de iluminação.
Para o ambiente em questão, a norma (NBR-5413) requer para iluminação geral de 75-150lux.
Observa-se na simulação abaixo, que as 3 primeiras opções atingem nosso requisito básico de iluminância, de "cara" descartando o LED.
Vamos desconsiderar a troca para as seguintes lâmpadas:
A Incandescente, por ter alta potência, se torna onerosa, temos opções com menor consumo (W).
Sem contar que as incandescentes de 60, 75 e 100W tem data limite para fabricação e importação até junho deste ano de 2013, sendo proibida a comercialização a partir de junho de 2014. A vantagem desse tipo de lâmpada, é que são "amigas" do meio ambiente, 100% recicláveis e podem ser jogadas em lixo
comum, sendo que o ideal é destiná-las para reciclagem de vidro e alumínio.
A "LampLED", não atende a iluminância requerida, para tal, seria necessário aumentar a quantidade de luminárias, não é o que queremos nesse estudo de caso. Tem um alto valor de investimento, pelo ambiente em questão, não compensa, e instalar um produto de uma marca mais barata e de qualidade duvidosa, é preferível partir para outra alternativa. Quanto ao seu descarte, por não possuir substâncias pesadas, não há necessidade de um descarte específico, mas é composta por componentes eletrônicos, seria interessante direcionar esse tipo de dispositivo para a coleta seletiva de materiais recicláveis.
As mais viáveis para troca são:
A Halógena atende bem o sistema, tem bom pacote de luz e potência abaixo da incandescente. Assim como a incandescente, é 100% reciclável, por mais que no seu interior possua gás halógeno, mesmo na quebra de muitas, esse gás não oferece perigo ao meio ambiente nem as pessoas que a manuseiam, podendo ser descartada em lixo comum.
A Fluorescente Eletrônica, atende muito bem nossos requisitos, tem bom fluxo e baixa potência, porém, tem alguns fatores que devemos levar em consideração. Por ser uma despensa, a permanência não ultrapassa 5 minutos, sendo que a fluorescente levará de 1:30 a 2 minutos para alcançar o seu fluxo luminoso máximo (é nessa faze que ela consome maior energia, mas ainda assim, muito abaixo da incandescente).
É o tipo de lâmpada feita para locais de permanência prolongada, se tornam econômicas, quando as mantemos acesas. Quanto mais acendimentos
Devemos tem muito cuidado em direcionar seu descarte para reciclagem apropriada, ou para locais que fazem essa coleta, devido o mercúrio em seu bulbo, não deve ser jogada em qualquer lixo. O processo de reciclagem desse tipo de lâmpada ainda tem um custo muito elevado, podendo chegar a 40% de uma lâmpada nova.
Lembrem-se que, só existe viabilidade no sistema, se levado em consideração o consumo e a manutenção do mesmo.
Segue abaixo, tabela comparativa das 4 opções, ficando em destaque a Halógena e Fluorescente Eletrônica.
Observando a tabela acima, a opção mais viável seria a fluorescente eletrônica, por mais que ela tenha uma perda de 85% de sua vida útil (pela quantia de acendimentos), ainda assim, se torna mais econômica em comparação a lâmpada halógena. A desvantagem, como mencionado anteriormente, está em seu delicado descarte.
Se caso utilizar a lampada halógena, daria para integrá-la a um sensor de ocupação, eliminando a preocupação de esquecer o interruptor ligado, desligando automaticamente após a programação definida. A vantagem do sensor de ocupação, está na necessidade de acionar o interruptor, se porventura a iluminação natural for suficiente, não preciso ligar a luz, diferentemente do sensor de presença, que irá acender a lâmpada sempre que houver movimento.
Pessoal, devemos ter consciência, de que a
intervenção no sistema de iluminação, não se trata somente da troca de lâmpadas
por mais econômicas, mas sim da implementação de um sistema eficaz, melhorando
a eficiência energética, levando em conta o conforto do usuário.
Com esse simples estudo de caso, nota-se a complexidade que envolve um retrofit. Imaginem agora, o projeto de uma sala de estar, de uma cozinha, uma industria de confecções, hospital, escritório de contabilidade, supermercado, restaurante, etc... A gama de informações que devem ser coletadas e levadas em consideração, conhecer o público alvo, a linha de mercadoria, qual o impacto que a marca exige, qual a sensação que a empresa quer transmitir, qualidade de vida do funcionário, rendimento de trabalho, conforto.
Nós profissionais somos responsáveis pelas respostas emocionais dos usuários.
Espero ter sanado algumas dúvidas.
A falta de regulamentação derruba a qualidade dos LEDs
Precauções no retrofit com LEDs
Alto custo dificulta descarte de lâmpadas Fluorescentes
Orientação quanto ao descarte de lâmpadas
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Espero ter sanado algumas dúvidas.
That's all folks!
Estou a disposição.
Bjoks e até a próxima ;)
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