quarta-feira, 15 de maio de 2013

LED "Pequenino encantador de multidões"

O LED está cada vez mais popular, principalmente por sua alta eficiência energética e vida longa, além de ser resistente a choques e vibrações (ótima opção para ventiladores de teto com luminárias), compacto e amigo do meio ambiente.
Se comparando aos sistemas convencionais de iluminação, pode-se ter uma economia acima de 50%, e sua vida longa praticamente elimina a manutenção e a troca dos equipamentos, ou seja, reduz consideravelmente o descarte dos dispositivos.
Como o LED não possuem metais pesados em sua composição (como o mercúrio), pode ser descartado em lixo comum, mas, o ideal é direcionar esse tipo de dispositivo para coleta seletiva.
Com sua compacta dimensão e eficiência cada vez maior, as luminárias adquirem mais personalidade e formas mais livres nas mãos dos designers. Permite a idealização de projetos onde somente a luz aparece, e não a fonte que a origina.



Luminária Anisha da Foscarini, composta por LED de 4,5W dimerizável. Design do estúdio espanhol Lievore Altherr Molina.
O nome é curioso, aliás, a escolha do nome. Por uma coincidência, em determinado momento, sobre a mesa de Lievore, havia um livro de Anish Kapoor (artista plástico), somado à forma de anel da peça, que em "Argentino" significa Anisho, denominou-se então a bela "Anisha".



Design é poesia!
Assim descrevo a forma em que Alberto Lievore apresenta sua obra.
         



Luminária CUBE da Artemide, design de Carlotta de Bevilacqua e Paola Di Arianello. Corpo em alumínio extrudido, com dimensão compacta (37x37x37mm), composta por 4 LEDs de 1,5W. Agregada ao design da peça, aletas dissipadoras de calor. Forma e função. 
O segredo do bom funcionamento do LED está em seu gerenciamento térmico. É necessário ter um bom dissipador de calor, utilizar luminárias específicas e respeitar altura mínima quando embutidas em forro. Um bom resfriamento do dispositivo é sinônimo de mais luz e maior vida útil.


É um produto muito versátil, com uma infinidade de aplicações, por ser facilmente controlado e programado, permite gerar varias ambiências em um mesmo espaço.



Ao lado, uma das salas de tratamento do Kennzur Centro de Bem-Estar, iluminado pelo lighting designer Carmine D'Amore. Nas salas onde se faz o tratamento com cromoterapia, teve a necessidade de um projeto de luminária específica, onde a Altena (luminárias) em parceria com a Brilia (LEDs), através de um projeto de produto de Carmine D'Amore, executaram 7 projetores LED RGB de 6W com facho de 60° em um trilho eletrificado. A luminária foi desenvolvida com base nos sete pontos correspondentes aos chacras do corpo humano, dentre outras características técnicas.
Uma das grandes vantagens do LED, é a não emissão de raios UV e IR, ou seja, por não emitir esse tipo de radiação na sua faixa de luz, podemos iluminar pessoas e objetos à curtas distâncias, sem colocar a saúde do usuário em risco, preservando os objetos do desbotamento e exposição ao calor.
Muito recomendado para obras de arte, jóias, alimentos, etc..., mas, entramos no quesito reprodução de cor (IRC), ainda é uma barreira para os LEDs, mas já existe no mercado marcas com uma boa reprodução de cor.




Qualidade tem preço, e é ai que a coisa complica!


Agora se faz necessário um "Parenteses" para esse quesito.

IRC (índice de reprodução de cor) é  a fidelidade com que as cores são reproduzidas, o nosso parâmetro é a luz do sol.
Para uma rápida compreensão: IRC de 75 a 100: Excelente; IRC de 65 a 75: Bom; IRC de 55 a 65: Moderado; IRC de 0 a 55: Ruim. (em se tratando de outras fontes luminosas, como fluorescentes, halogenas, metálicas, etc... no catálogo, sempre vem essa especificação, já no caso do LED não, só das grande marcas mesmo).


Abaixo segue um exemplo clássico comparativo.

Não reparem na modelo, por favor!!!
Analisem as cores ok? ;)

Passei o batom vermelho pra ficar bem em destaque a diferença gritante que uma iluminação de má qualidade resulta em qualquer superfície que for, no caso em questão, minha linda cútis. (somente o batom foi utilizado nas imagens, não tem base, nem pó, nem nada para tentar melhorar ou piorar a imagem) Ah! Nem photoshop!

Percebem a diferença? "Gasper" és tu? E o batom? Não, não passei outra cor!

Pois bem, para efeito comparativo, na foto do "IRC Excelente" utilizei uma incandescente que tem IRC 100. Para "IRC Moderado" uma SuperLED, de uma marca bem popular no mercado, preço em torno de R$65 R$70, qual o fabricante não especifica na embalagem, nem em catálogos o IRC do dispositivo.

Enquanto não tivermos normas nacionais que exijam este tipo de informações , fica complicado a especificação de produtos novos sem testes prévios, e o consumidor leigo, compra, porque é mais econômica.

Imagina, você linda e maravilhosa saindo do salão, e na luz do sol fica parecendo o Bozo! Parece piada, mas infelizmente acontece muito!

Então, muito cuidado ao iluminar banheiros, cozinhas, comércio de vestuário, provadores, etc...

Pessoal, quero deixar claro que, o exemplo acima não quer dizer que o produto seja de má qualidade, mas para determinados ambientes, não é recomendado utilizar. Se não puderes investir R$ em um LED que atenda realmente as necessidades, com boas especificações, é melhor utilizar equipamentos convencionais que atendam seus requezitos.

A correta especificação, vai depender da situação, do ambiente, utilização, e claro, do custo benefício.

Maravilha, seguimos então...

Afinal de contas, o que é um LED?
Vamos conhecer um pouco mais afundo esse interessante dispositivo.


Ao lado temos os LEDs de sinalização e alto-brilho, com dimensão de 3 a 5mm, e potência muito baixa (por volta de 0,04W). Foram os primeiros a aparecerem no mercado, são facilmente encontrados em lojas de eletrônicos, utilizados em painéis de comando, sinais indicativos, stand-by de aparelhos, etc... Há quem faça lâmpadas com esses de alto-brilho, meu conselho, não utilizem!
Já os LEDs de potência, surgiram a partir dos de sinalização, com dimensão de 3 a 5mm, e maior potência (1 a 5W), no caso desse dispositivo, o termo potência está diretamente ligado a sua eficiência luminosa. Esse é o tipo de LED indicado para iluminação geral, arquitetural, cênica, e são esses, os que compõem as famosas fitas e lâmpadas de LED.
Quanto maior a potência, mais calor o dispositivo emite, ou seja, é necessário maior área de dissipação de calor. Só lembrando que ele não emite calor (IR) em sua faixa de luz, todo o calor é emitido para a parte posterior do dispositivo.
Volto a frisar o que foi dito acima: "Um bom resfriamento do dispositivo é sinônimo de mais luz e maior vida útil."





Pois bem, diodo emissor de luz. O que vem a ser?

Diodo significa a contração de dois eletrodos.

Hein?!


Vamos lá. A luz do LED é gerada por um chip semicondutor de tamanho não maior que 0,25mm², muito conhecido como SSL (solid-state lighting) luz em estado sólido.



Ao lado, detalhe de um LED de potência. Neste chip ocorre um processo de mudança de níveis elétrico e recombinações dos elétrons em algum elemento químico. Quando uma tensão é aplicada, os elétrons se "mudam" para níveis mais elevados de energia e quando retornam para os níveis de origem o fazem em forma de luz no elemento utilizado. A recombinação de pares elétron-lacuna, mais o elemento "X", geram diferentes níveis de energia, o que ocasiona a irradiação de luz com diferente comprimento de onda (nm).



Ao lado, Detalhe do chip semicondutor, onde a mágica acontece. Em seguida, alguns elementos químicos responsáveis pelas cores irradiadas. Pessoal, não irei aprofundar muito no critério das combinações dos elementos químicos, pois, para cada cor, existem diferentes combinações que podem ser feitas. Assim como combinações iguais podem gerar cores diferentes, como exemplo: utilizando AlGaInP, pode-se ter tanto o vermelho quanto o amarelo, porém, a tensão de operação do vermelho será mais baixa do que a do amarelo.


Complicadamente fascinante, não?

Física e química pura!


Para aqueles que tiverem interesse em conhecer mais afundo, segue abaixo os principais fabricantes de chips do mundo. (Acessem este site, tem uma explicação bem simples e de fácil entendimento sobre a qualidade das diferentes marcas de chips).

Vamos montar uma lâmpada, pra conhecer melhor o que encontramos no mercado?
Pela imagem abaixo, fica fácil compreender cada componente, neste caso, é uma SuperLED 7W.
Pessoal, como havia comentado no post sobre retrofit, o mercado está repleto de produtos, e como não temos recomendações para uso de equipamentos de qualidade, devemos levar em consideração a credibilidade e confiabilidade dos fabricantes.
Em relação a regulamentações, neste próximo mês de Junho, entra em vigor 3 novas normas para LEDs:
Boas novas, né não?
As normas nacionais, estão entrando em vigor desde 2010, porém, voltados diretamente para lâmpadas e módulos LED, somente este ano. Quanto mais normas em vigor, maior segurança o consumidor final terá. Fabricantes e importadores terão que desenvolver os produtos em conformidade com as exigências.

É um produto em constante desenvolvimento, se tornando cada vez mais eficiente.
As tonalidades da fonte ainda não são bem adaptadas aos tons marrons, à cor da pele, mas devagar os LEDs azulados e pobres de cor, vão dando lugar aqueles mais adequados ao que esperamos de uma fonte luminosa.
E o preço, né! Precisa cair, para diminuir o payback, que ainda é longo, em relação a outras fontes luminosas.

Para quem tiver interesse em conhecer mais afundo, recomendo de imediato o livro "LED - A luz dos novos projeto" de Mauri Luiz da Silva, muito bom!

Espero ter esclarecido e sanado algumas dúvidas. Tendei ser o mais objetiva possível nos tópicos pra evitar do post ficar muito extenso e "boring".

E se por ventura, encontrarem alguma informação atualizada, let me know! OK?

A luz é um elemento de design que influencia diretamente nas sensações e respostas emocionais dos usuários.
Desfrutem!


That´s all Folks!
Qualquer dúvida, estou a disposição...
Bjoks :)


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